A dura realidade com testemunhos marcantes no Cannabis Thinking
Em seu discurso, o reitor José Vicente falou sobre racismo estrutural e apontou as soluções para o tráfico.
Em seu discurso, o reitor José Vicente falou sobre racismo estrutural e apontou as soluções para o tráfico.
Organizada pela consultoria e aceleradora de startup The Green Hub (TGH), a quarta edição do Cannabis Thinking iniciou hoje (16) em São Paulo e vai até o sábado (17) reunindo os principais players do mercado para debater os efeitos sociais e ambientais da indústria canabinoide.
Mais um salvo-conduto que assegura que pacientes que cultivam cannabis para fins terapêuticos não sejam incomodados pelo poder público foi concedido no Rio de Janeiro na última segunda-feira (12). A 1ª Vara Federal Criminal determinou que uma mulher que sofre com insônia e ansiedade poderá, a partir de agora, adquirir insumos e utensílios indispensáveis para o plantio, produção e extração dos derivados da cannabis, para o controle e tratamento de seus distúrbios.
O óleo CBD ou canabidiol vem a partir do extrato da cannabis sativa ou cânhamo, que é uma planta herbácea nativa da Ásia central e ocidental. Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia, mais pessoas escutam sobre o canabidiol e seus efeitos benéficos para a saúde, sendo um dos componentes canabinóides mais estudados da planta, da qual também são extraídos outros elementos, como sementes, para fins terapêuticos. A sua forma de apresentação mais usual é em formato de óleo, mas podem ser encontrados também em cápsulas, gomas e opções comestíveis.
Candidata à deputada federal de São Paulo nas eleições de outubro pelo partido REDE (REDE SUSTENTABILIDADE), Maísa Diniz é administradora pelo Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa com MBA em gestão pública pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Co-fundadora da campanha “Vote Nelas”, foi também coordenadora de inteligência educacional no grupo “Somos Educação”.
Apesar de ser o primeiro Estado a legalizar a cannabis medicinal em 1996 e um dos primeiros a legalizar o uso adulto em 2016, até agora, a Califórnia fez muito pouco para proteger trabalhadores que utilizam a planta fora do horário de trabalho e em momentos de lazer. No entanto, esse quadro pode ser alterado em breve.
O cânhamo, cannabis sativa com menos de 0,3% de THC em sua formação, é capaz de absorver substâncias tóxicas de solos contaminados, transformando-os em terras aráveis. A planta também impede o crescimento de “ervas daninhas” e os caules de cânhamo têm centenas de aplicações ecológicas, podendo mitigar o impacto ambiental da agricultura em solos e ecossistemas que foram severamente danificados pelo cultivo extensivo.
Com a regulamentação e a intensa movimentação do debate sobre drogas em diversos países, os meios culturais passaram a se apropriar do universo canábico para gerar mais conscientização à população. Ao trazer o contexto histórico em que a maconha foi criminalizada, obras jogam luz a respeito de seu uso medicinal e uso adulto, além das consequências da guerra às drogas.
Quase dois terços da população da Suíça apoiam a ideia de legalizar a cannabis para fins recreativos com a condição de que existam regras para proteger os menores, como indicam os índices. O Instituto Sotomo, por mandato da Secretaria Federal de Saúde Pública (OFSP), realizou o levantamento entre janeiro a abril de 2021 com 3.166 maiores de idade, 78% dos participantes da pesquisa apoiaram a legalização da cannabis na Suíça para fins medicinais e cerca de 70% consideraram necessária a reforma da lei relativa à cannabis na Suíça, sob o argumento de limitar o mercado negro e melhorar a proteção ao consumidor.
Os riscos canábicos não têm tanto a ver com o CBD por si só, e muitas vezes nem com o THC, mas sim com a dúbia composição e qualidade dos produtos oferecidos. Apesar das poucas evidências científicas, que hoje ascendem rapidamente, a Cannabis e o CBD tornaram-se extremamente populares ao redor do mundo com celeridade surpreendente. Flores e extrações são demandadas incessantemente, em meio a políticas regulatórias proteladas. A fabricação de novos produtos e formas surge focada em vendas, sensoriais e economia, e não na saúde humana e animal. O mercado paralelo, fomentado pela mídia, cultura e pelas governanças que atrapalham o acesso, acabam comercializando produtos sem qualidade e rastreabilidade.