Como Marrocos pode se tornar um líder mundial em cannabis legal

Quase um ano após a aprovação da lei que regulamenta o uso legal para fins farmacêuticos, medicinais e industriais da cannabis, Marrocos iniciou recentemente seus últimos preparativos para se posicionar no mercado mundial da planta. Em primeiro lugar por ter arrancado na frente com a criação da Agência Nacional para Regulação de Atividades Canábicas (ANRAC), bem como pela concessão de dez autorizações, tanto a laboratórios farmacêuticos como a empresas agroindustriais.

Um setor integrado para vários pontos de venda

A Pharma 5, desenvolveu estudos para participar da realização de uma visão integrada do Marrocos para o design, fabricação e comercialização de produtos à base de cannabis. Produtos com múltiplos destinos, desde o simples uso recreativo até as essências de bem-estar e sua aplicação no campo terapêutico.

O estudo lista seis benefícios da cannabis terapêutica: ajudar a manter o equilíbrio do corpo, ajudar a reduzir inflamações, capacidade de atuação no metabolismo, participação no funcionamento do sistema nervoso central, intervenção em diversos processos fisiológicos e psicológicos e, finalmente, a redução de doenças da pele.

Principais mercados

O estudo se concentrou nos mercados de marketing de produtos de cannabis em todo o mundo, tanto os que tiveram sucesso quanto os que fracassaram. O benchmarking levou à análise de pelo menos três mercados principais: o israelense, o estadunidense e o canadense.

Precisamente diante da análise, a Pharma 5 tirou lições para o Marrocos. Primeiro elemento identificado e existente em cada um dos três mercados, uma cadeia de valor dividida em duas, com experiência agronômica de um lado, representando 25%, e experiência industrial do outro, representando mais de 75% da cadeia produtiva.

Isso complica os players do setor de cannabis nesses países, na medida em que cada uma das áreas de especialização possui características individuais com diferentes licenças concedidas.

Além disso, apesar da presença de gigantes farmacêuticos nesses países, poucos optaram por investir pesadamente e cedo no setor de cannabis, muitas vezes devido a regulamentações, complexo e flutuante, preferindo padronizar suas atividades em um mercado global.

Para os três laboratórios farmacêuticos que recentemente receberam autorização da Agência Reguladora da Cannabis (Pharma 5, Sothema e Galenica) todo o potencial de destaque está aí: constituir a cadeia de valor integrada, garantindo de ponta a ponta o processo necessário para a indústria canabinoide.

Dotados de capacidades logísticas e financeiras, estes três laboratórios podem ser tão facilmente ativos na experiência agronômica, com agroindustriais que se tornarão fornecedores, como também assumir o aspecto relacionado com a experiência industrial: I&D, fabrico, logística e distribuição.

Por fim, por meio deste estudo sobre o potencial de fabricação de produtos derivados da cannabis em Marrocos, foi identificado três tipos de segmentos que o novo setor deverá abranger: o segmento turístico, medicinal, com potencial para Marrocos se posicionar no exterior e, finalmente, o de bem-estar, possibilitando atingir um target privilegiado e premium.

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