Os altos custos de produção de cannabis preocupam produtores colombianos
O ano de 2021 marcou um novo roteiro para o uso da cannabis na Colômbia. Isso se concentrou, em poucas palavras, na viabilidade de usos industriais, como fibras, bebidas e alimentos, biocombustíveis. No entanto, apesar de ter sido considerado um avanço importante, a promessa de que esse negócio será próspero, principalmente para os pequenos produtores, ainda não foi vista.
Uma análise da Universidade Nacional (Unal) trouxe ao debate público os fatores que impedem a Colômbia de desenvolver seu potencial produtor e exportador de cannabis. Nos últimos cinco anos se formaram no país cerca de mil empresas que possuem licença concedida para produzir cannabis; no entanto, a maioria permanece no papel, devido à burocracia e ao custo das licenças.
Em 2021, o governo do ex-presidente Iván Duque deu um impulso ao cultivo mudando algumas regras, em que não importava mais o tamanho da fazenda, mas sim o investimento de capital. A administração anterior estabelecia que um pequeno e médio produtor era aquele que tivesse, no máximo, meio hectare de cultivo de maconha.
Além das licenças, é preciso fazer uma avaliação agronômica que pode custar cerca de US$ 200 milhões, e ter a infraestrutura adequada com estufas e logística, além de outros gastos em técnicas como cromatografia para ver a qualidade da planta. Assim, a necessidade desse capital é o que está dificultando a entrada dos produtores, principalmente os pequenos, no negócio.