Japão estuda a possibilidade de descriminalizar a cannabis medicinal

Um painel do Ministério da Saúde do Japão recomendou nesta quinta-feira, 29 de setembro, a revisão das leis antidrogas do país para permitir a importação e o uso de produtos de maconha medicinal.

A recomendação foi baseada em atender às necessidades médicas e harmonizar o Japão com os padrões internacionais, disse o comitê em um relatório. A revisão se aplicaria a produtos de maconha cuja segurança e eficácia foram confirmadas pelas leis que regem produtos farmacêuticos e dispositivos médicos.

O Japão tem leis muito rígidas que proíbem a importação, produção e uso de substâncias ilícitas. O relatório do comitê observou que apenas 1,4% das pessoas no Japão já usaram maconha, em comparação com 20-40% nos países ocidentais.

A revisão da lei seria necessária para o uso do medicamento para epilepsia Epidiolex, derivado da cannabis, que está atualmente em testes clínicos no Japão, disse o relatório.

O painel disse que as restrições da atual Lei de Controle de Cannabis significam que, mesmo que esses tratamentos sejam aprovados no futuro pelo Ministério da Saúde, os médicos não poderão prescrevê-los.

Alguns produtos de canabidiol (CBD) já são legais no Japão, desde que sejam produzidos apenas a partir de talos ou sementes. Medicamentos ou outros produtos feitos de outras partes da planta são ilegais, mesmo que a substância psicoativa tenha sido filtrada.

Sechat

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