Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica e provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina, comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo. Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas.

Principais sintomas da esclerose múltipla

As pessoas acometidas pela esclerose múltipla apresentam surtos ou ataques agudos, que podem ser revertidos espontaneamente ou com o uso de medicamentos. Os sintomas mais comuns são perda visual (neurite óptica), diminuição ou perda de movimentos dos membros (paresia), sensação de dormência ou formigamento (parestesia), disfunções da coordenação e do equilíbrio, inflamação da medula espinhal (mielite), além de alterações cognitivas e comportamentais.

Algumas curiosidades

  • Quase 3 milhões de pessoas em todo o mundo tem EM e no Brasil estima-se que o número ultrapasse a marca de 40 mil
  • A idade média do diagnóstico é de apenas 34 anos no Brasil, por isso é tão importante estar atento aos sintomas para um diagnóstico precoce seja realizado
  • A esclerose múltipla é bem mais prevalente em regiões de clima frio. Nos países escandinavos, por exemplo, são entre 80 e 100 casos a cada 100 mil habitantes, enquanto no Brasil a doença soma 15 casos em cada 100 mil pessoas

Como esta doença é tratada?

Infelizmente, ainda não há cura para a esclerose múltipla. As drogas imunomoduladoras são atualmente a melhor alternativa, porém, nem todos os pacientes respondem a elas.

A maioria dos tratamentos busca frear seu progresso e garantir que o paciente possa ter uma vida normal, para isso trabalha constantemente com exercícios e atividades fisioterapêuticas.

Cannabis e EM

A cannabis tem sido usada como anti-inflamatório por médicos e herbalistas em todo o mundo há séculos. Nos últimos anos, sua  capacidade de reduzir a inflamação relacionada à esclerose múltipla foi amplamente pesquisada pelos endocanabinóides, distribuídos pelo organismo, por terem propriedades imunossupressoras e anti-inflamatórias. O receptor CB1 (onde o composto THC atua no organismo) exerce um efeito neuroprotetor em indivíduos com EM, reduzindo a resposta imune e, assim, reduzindo a inflamação.

O que fazer no Dia Nacional da Esclerose Múltipla?

O melhor é participar de eventos médicos onde são apresentados os avanços no tratamento desta doença, aprender sobre ela e claro compartilhar o aprendizado.

Embora o Dia Mundial da Esclerose Múltipla seja comemorado no dia  30 de maio, você poderá encontrar mais informações com a hashtag #NationalMultipleSclerosisDay.

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