Apple flerta com mercado e assegura posicionamento favorável aos aplicativos de cannabis

Em qualquer setor, a acessibilidade é um dos aspectos mais importantes para acertar. A Apple finalmente concedeu à cannabis os mesmos direitos de transação que qualquer outro negócio padrão em seu mercado. Esta mudança de política pode transformar o mercado de cannabis móvel.

Embora nem todas as empresas de tecnologia estejam a bordo, algumas gigantes como a Amazon, vem redefinindo a importância do lobby sobre a legalização em nível federal nos EUA. Ainda assim, suspeita-se que organizações como o Facebook se envolvam no ofício relacionado ao banimento de temas relacionados a cannabis. A prática de shadow-banning não relaciona postagens em resultados de pesquisa relevantes, o que afeta diretamente no engajamento das publicações alusivas ao tema.

No entanto, a Apple vem abrindo seu mercado de aplicativos para os empreendimentos cannábicos e garante que uma grande mudança está por vir.

Não seria emocionante ver a Amazon começar a listar cogumelos psilocibinos ou efetuar transações de cannabis através de aplicativos?

Pois bem, segundo relatos de Dave Clark, CEO da divisão de consumo mundial da Amazon, essa realidade não está tão distante, e reforça:

“Quando as leis mudarem, a inovação acontecerá em poucos instantes”. Dave Clark

NO CONFRONTO DE GIGANTES, QUEM PODE SALVAR A CANNABIS?

Apesar de ganhar a Amazon e a Apple como aliadas, empresas como Google e Facebook ainda não mostraram seu apoio. Talvez seja por causa do jogo sem ganho que eles jogam enquanto se equilibram na legalidade e na aprovação pública, mas, enquanto isso, a cannabis está aí.

Quanto ao Facebook, eles vão seguir o público eventualmente. Aqueles que não apoiam a cannabis agora, irão tolerá-la mais tarde. Uma vez que o campo esteja definido, isso permitirá que as empresas de cannabis operem à luz do dia, com despesas e lucros comerciais tradicionais. Ser capaz de confiar em aplicativos pode tornar o rastreamento de transações muito mais simples. Esses dados são cruciais na tentativa de normalizar o imposto sobre a cannabis e dar às empresas um melhor negócio por meio de transparência e precisão. Quando a cannabis funciona como uma indústria tradicional, o governo é responsável por fornecer um tratamento igual e justo.

Em última análise, os principais beneficiários dessas políticas de mudança são os consumidores. Em vez de saltar entre dois ou três sites para comprar produtos de cannabis, eles podem usar um único aplicativo. Por meio de um aplicativo simplificado, o risco de phishing e desinformação para os consumidores é reduzido. Outro negócio que provavelmente crescerá com essa mudança é a segurança das movimentações na rede, visto que a privacidade se tornará um tópico inevitável. Esses problemas são uma característica de todos os setores modernos, portanto, não deve ser um desafio intransponível de abordar em tempo hábil.

JÁ EXISTEM APLICATIVOS DE CANNABIS?

A resposta é sim! Fora do Brasil, em países onde a legislação permite, já existem diversos aplicativos relacionados à cannabis no mercado.

Mas quem vai aproveitar a oportunidade real de ganhar dinheiro com a planta por meio da app store?

Bem, vários serviços de entrega já estão funcionando utilizando os novos privilégios, inclusive a UBER tem seus próprios planos para entrar no mercado.

Esperançosamente, há uma tendência com os serviços de cannabis se unam a empresas como a StrainPrint, que visam fornecer informações sobre cannabis ao nível do consumidor. O aplicativo StrainPrint acumula dados auto-relatados. Ter verificação e organização por meio de compras verificadas por meio da integração de aplicativos pode transformar a relação do público com os dados de cannabis. Em vez de rastrear pesquisas, os consumidores podiam ver informações com base em outras pessoas, semelhante a fazer uma compra na Amazon ou verificar uma avaliação do Yelp.

Ninguém pode prever o futuro, mas a partir de agora, há uma oportunidade criativa potente no mundo dos aplicativos de cannabis. É provável que veremos uma empresa como a High Times ou a Leafly monopolizar o mercado. Mas eventualmente, os aplicativos independentes tenham uma chance real. Talvez uma união local de fazendas possa iniciar um serviço de entrega por meio da AppStore. Ainda há um longo caminho a ser percorrido no Brasil, porém, tal realidade em outros países, serve como alimento para o pensamento e, de qualquer forma, uma vitória substancial para a normalização.

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